sábado, 8 de maio de 2010

O expansionismo alemão até a Segunda Guerra Mundial

Por Luiz Eduardo Silva Parreira


No século XIX surgiu a filosofia socialista. Um aglomerado de fatores culminou num pensamento no qual a forma como o mundo estava explorando suas riquezas e pessoas deveriam ser repensadas; porém, sem qualquer raciocino escolástico, somente humanista.


Assim, o socialismo tinha como pontos principais de seus ideais: o trabalhador, o pobre, o explorado, etc. Logo, se havia o oprimido, tinha de haver o opressor, que para os socialistas eram: o patrão, o rico, o explorador, etc.


Deve-se entender que os socialistas imaginavam uma vida melhor para aqueles. Mas não o melhor segundo os ajudados, mas sim, segundo o pensamento socialista.


Das maneiras de se implantar o socialismo, nasceram diversos movimentos, dentre eles o Comunismo e mais tarde, o Nazismo.


Entre os socialistas, estavam aqueles que pensavam numa mudança radical de tudo que existia, para que suas ideias pudessem ser aplicadas. No caso comunista, dentre outras brutalidades, figurava a perseguição às igrejas - já que o Estado deveria ser o ente que o cidadão deveria seguir sem questionar.


O comunismo - num primeiro momento - precisa do ESTADO para aplicar suas ideias, porque a reviravolta social que impõe jamais aconteceria naturalmente. Qualquer livro que explana sobre a imposição do comunismo em algum local não se envergonha de confessar que a violência é necessária para fazer o "ajudado" ver que a visão comunista vai salvá-lo e a todos e tudo.


Já o nacinal-socialismo (nazismo) pensava em NAÇÃO. Nesse caso, não era o Estado o principal, mas aquele elã que ligava um povo. Por isso tinham a ideia de que não importava onde estivesse um alemão, ele era alemão. E onde ele morava - não importando onde fosse também - ali passaria a ser parte da Alemanha.


E ainda entrava nesse conjunto explosivo de ideias coisas como raça superior, espaço vital, tudo para que a nação ariana vivesse confortavelmente. Por isso um mexicano no filme "das Boat" e um americano, no seriado "Band of Brothers". Antes de serem mexicanos ou americanos, eram alemães, pelo pensamento de nação.


É um dos motivos de perseguição aos judeus - além daqueles comumente conhecidos. O Judeu é judeu onde estiver. Daí entenderem que isso fazia com que um judeu jamais pudesse ser um alemão, por mais loiro e com "cara quadrada" que fosse. E deu no que deu, lamentavelmente!


Mas enfim, todos esses pensamentos socialistas pregavam uma melhora de vida, melhores condições de trabalho, mais dignidade; porém, mesmo sendo objetivos ambiciosos, cobravam um alto preço sem qualquer concessão. Ora, o socialismo como filosofia é doce; bem diferente do caminho a percorrer até o "paraíso na terra", que nenhum país socialista atingiu. O que é até lógico, pois, se se chegar ao final do caminho, acaba o poder e esse – para quem o exerce – é mais doce que o socialismo.


Aliás, a questão de democracia só vingou depois da Segunda Guerra Mundial. Antes, ser ditador ou pregar partido único não assustava tanto as populações. E o comunismo e o nazismo acreditavam nisso; fazia parte do pacote socialista.


Logo, quanto ao expansionismo alemão, ele já vinha há pelo menos 100 anos - com erros e acertos. E somado ao pensamento nacional-socialista - do alemão ser alemão onde estiver - exigiram os Sudetos, Danzig, na Polônia e depois se voltaram para as terras do leste, que eram muito boas para ficarem "nas mãos dos eslavos". E os alemães sabiam como era a URSS porque antes da guerra a Alemanha e a URSS eram aliadas. Tinham assinado, dentre outros, o Tratado de Rapallo, em 1922, que permitiu aos alemães treinarem na URSS, por exemplo. Os Alemães aprenderam algumas técnicas aeroterrestres com os soviéticos, e por ai vai.


A ideia de espaço vital nasceu de um sueco, Kjellen, mas que a Alemanha sorveu cada milímetro. Um dos difusores dessa ideia na Alemanha foi Ratzel, que pregava que o Estado era um organismo vivo que se alimentava de territórios. Portanto para o Estado, território é um espaço vital. Isso tudo culminou no determinismo, no qual um espaço era visto "a ser dominado" (alguém ia dominar, então, que seja eu). Há até uma máxima: o determinismo precisava dominar o meio, logo, não tinha tempo de modificá-lo. E disso saiu toda aquela coisa de que o espaço determina o homem e coisas do gênero.


Portanto, para que as fábricas alemãs tivessem recursos para voltarem a ser um parque monstruoso como no início do século XX, para que seus trabalhadores tivessem melhores condições de vida; enfim, para que o Império nazista fosse o máximo, se os outros tivessem de ser escravizados, dizimados ou excluídos, tudo bem. E para isso a expansão territorial era inevitável e a guerra também. O espaço vital já vinha no pacote alemão antes do nazismo, o qual executou aquela vontade e deu no que deu.


Interessante notar que outros países também acreditavam em dominar partes de outros e se mostravam agressivos para isso. Quem rosnasse mais, era visto como melhor. Depois da Segunda Guerra Mundial, a coisa mudou. Não era "politicamente correto" ser malvado. E isso refletiu nos países na mudança de alguns detalhes, como naqueles que tinham o Ministério da Guerra, que passaram a ser Ministério do Exército, da Defesa. Tudo a mesma coisa, mas agora mostrando os dentes sorrindo, não rangendo.



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